
Bem no interior da cápsula se encontra uma escuridão finita
Desorientado maneja uma faca quebrando preceitos do bem e o
mal
Introduzido a um mundo onde estou preso e acredito estar
liberto
Por trás de grades se encontra uma mente em decomposição
Estão transformando guardas em flores vermelhas , a arte é
peculiar
Números sem treinamento é o mesmo que crianças em uma guerra
No novo mundo não haverá tristezas e nem alegrias é onde
tudo fica no branco
Aos que ficam é o momento de recolher os que foram e implorar
pra não ir
Não há distinção nesse critério e nem generalização todos a frente serão escolhidos para pegar o
trem
Minha sanidade esta atada e minha tristeza esta selada estou
privado até mesmo do lamento
Ele se aproxima e os guardiões citam suas ultimas palavras
de agrado a vida
Minhas condolências aos mártires que deus acolha suas
lamentáveis almas
Os passos frios e sigilosos tocam o chão trazendo a tona
meus últimos resquícios de humanidade
Escorregando pela maçaneta a porta se abre lentamente
rasgando o silencio
Um rosto fechado com uma mascara me leva a seguinte pergunta
: Esses olhos, de quem são eles?
Sem ajuda minha visão lentamente se esvai e é algo comum
que não há como evitar mas mesmo assim meu medo se aflora
Existe à hora de sair e à hora de entrar para não voltar é o
chamado ciclo da vida